O presente texto foi traduzido para dar continuidade aos debates sobre a situação real em Cuba. Ele narra o avanço da penetração de capitais estrangeiros na economia cubana, citando a multinacional brasileira Odebrecht com negócios no ramo açucareiro.

Confirmam-se os planos de Dilma e do PT para aumentar os investimentos privados na ilha, como dizíamos: “Dilma acertou uma série de acordos econômicos em beneficio das empreiteiras multinacionais brasileiras - todas financiadas pelo BNDES - o que só fortalece o sub-imperialismo verde-amarelo” (Apresentação: A SITUAÇÃO REAL EM CUBA).

É por conta desse interesse, dentre outros, que o governo brasileiro defendeu a participação de Cuba na próxima Cúpula das Américas. A atual posição dos EUA é um empecilho para o lucro das empresas brasileiras que, ao mesmo tempo, fazem negócios em Cuba e em Miami.

Boa leitura!
Os editores



Cuba abre a indústria açucareira para o investimento estrangeiro
12/9/2012. cubaheadlines.com

Cuba autorizou a primeira empresa conjunta no setor de açúcar com o objetivo de estimular a eficiência, a tecnologia moderna e para revitalizar o setor.

O grupo Estatal Azcuba foi aprovado há um mês para criar uma primeira empresa mista com capital estrangeiro, para construir uma planta de energia bioelétrica no centro açucareiro de Ciro Redondo, nos arredores de Havana.

“O objetivo principal é lograr uma indústria açucareira diversificada para obter os nossos objetivos econômicos, junto com uma alta integração dos técnicos”, disse Wilson Morel, vice-presidente de Azcuba, em uma entrevista recente no congresso dos técnicos da indústria do açúcar que ocorreu na última semana no Palácio de Convenções de Havana.

As novas instalações da fábrica de açúcar permitirão uma maior contribuição de eletricidade para a rede nacional. Segundo Morel, este seria o primeiro passo para a criação de unidades similares para um melhor aproveitamento do potencial energético da cana de açúcar. Outro projeto com o capital estrangeiro é a fabrica de açúcar na província de Cienfuegos, que também foi aprovada no congresso, agregou.

No entanto, o funcionário não especificou que empresa estrangeira participará nesse projeto.
Em Janeiro, o grupo brasileiro Odebrecht anunciou a assinatura de um contrato com Azcuba para a gestão produtiva de uma fábrica de açúcar em Cienfuegos.

Durante mais de um século, Cuba foi um dos principais exportadores mundiais de açúcar. Porém, a indústria se reduziu depois da queda da União Soviética, principal aliado econômico da Ilha, até chegar ao seu mínimo histórico de produção em 2009.

O presidente Raul Castro está tratando de restaurar o setor com novas tecnologias e sistemas para conseguir uma gestão mais eficiente e gerar exportações capazes de financiar seus próprios gastos.
A temporada de 2011-2012 é a primeira produção depois das reformas implementadas por Castro para modernizar a indústria, incluindo a dissolução do Ministério do Açúcar e sua substituição pelo mais livre mercado ao estilo Azcuba, uma empresa com representação nos estados.

Azcuba é composta por 13 empresas açucareiras, 56 fábricas de açúcar e derivados, dois institutos de pesquisa e um centro de capacitação.


Fonte: http://www.cubaheadlines.com/es/2012/09/12/36120/cuba_abre_industria_azucarera_a_la_inversion_extranjera.html#ixzz28TEdwtRX