Todo apoio à Greve dos metroviários de SP


Repudiamos a repressão da policia de Alckmin sobre os grevistas


Negociação Já!



A greve dos metroviários de SP entra no 5° dia e segue com muita força. Nem mesmo a decisão do TRT de SP que julgou a greve ilegal e decretou multa de 500 mil por dia contra o sindicato, fez esmorecer o movimento, pelo contrário, em assembleia, os trabalhadores decidiram manter a greve. Hoje pela manhã, os piquetes de convencimento nas portas das estações enfrentaram muita repressão da Policia de Choque do governo Alckmin (PSDB). Na estação Ana Rosa, os metroviários e os manifestantes, que foram prestar apoio à greve, foram recebidos com bombas e cassetetes. O saldo foi de vários feridos e detidos. Responsabilizamos diretamente o governo Alckmin e à presidente Dilma por esta violenta repressão a serviço dos interesses da Fifa.



A decisão da justiça de decretar a ilegalidade da greve só mostra que a democracia que vivemos é a democracia do poder econômico e dos ricos. Enquanto o judiciário de SP toma esta decisão contra o legítimo direito de greve e defende o mesmo índice patronal, o que mostra a relação promíscua do judiciário com o poder político e os empresários, os responsáveis pelo superfaturamento das obras na rede ferroviária de São Paulo continuam impunes. Amparado na decisão do TRT, companhia do Metrô acaba de anunciar que vai demitir 60 trabalhadores por justa.



Contrariando a (in) Justiça, o governo e a Fifa, a população está ao lado dos metroviários. Na pesquisa realizada pelo portal R7, 82,2% da população apoia a greve. Isso ocorre a poucos dias de inicio da Copa, o que demonstra o repudio da população em geral, dos trabalhadores e da juventude com os escandalosos gastos que o governo Dilma (PT/PMDB) e os governadores vêm realizando com a Copa da Fifa. Somente dos cofres públicos já saíram 25 bilhões, enquanto amargamos baixos salários e serviços públicos de péssima qualidade, como transporte, saúde e educação pública.



Vivemos uma conjuntura marcada pelo forte ascenso das lutas dos trabalhadores, como as greves dos rodoviários, garis, servidores da cultura, das universidades federais, dos professores, dos metalúrgicos de Niterói, das massivas marchas do MTST de SP e das lutas nas periferias contra a violência policial. Muitas dessas lutas têm sido pela base, através de comissões de fábricas, por fora das direções pelegas e tem obtido importantes avanços. Mais do que nunca é necessário unificar as greves e lutas em curso em torno da greve dos metroviários, que é hoje o principal fato político do país.



Exigimos que as centrais sindicais rompam seus laços com o governo e se somem a estas lutas. É necessário apoiar os metroviários de SP e demais greves em curso e chamar uma plenária de todas as categorias em luta para construirmos uma greve geral. Se a CUT não chama, porque tem uma direção governista, cabe ás organizações sindicais e populares independentes e de esquerda e às comissões de base que vem surgindo, manter as lutas e rodear de solidariedade a greve dos metroviários para garantir sua vitória.



Todo apoio à greve dos metroviários!

Chega de Repressão da policia de Alckmin!

Não as demissões!

Negociação já!

Chega de criminalizar as lutas dos movimentos!

Unificar todas as greves e lutas!

Fora a FIFA do Brasil!

Dinheiro para os metroviários e não para a Copa da FIFA !



Corrente Socialista dos Trabalhadores - CST/PSOL