A Volkswagen São Bernardo mandou no dia 30 de dezembro carta a centenas de funcionários avisando para que não voltassem aos seus postos de trabalho após as férias coletivas que terminaram neste dia 6. Esta famigerada carta, já chegou a 800 funcionários. Porém, em comunicado recente, a empresa afirmou que na sua opinião havia 2100 funcionários “excedentes”. Para enfrentar este ataques já foram realizadas assembleias nos três turnos desta terça-feira e os operários decretaram greve por unanimidade em assembleias lotadas.


A direção do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC esteve na contramão da luta

Na assembleia do dia 02/12, a direção do sindicato apoiou a proposta da empresa de congelamento salarial e lay-off, e foi derrotada pela sua própria base que rejeitou o acordo proposto. Poucos dias antes, a direção do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em sintonia com a direção da Central Única dos Trabalhadores, apoiou a proposta levada por diversas centrais sindicais governistas ao governo federal de diminuição do salário dos operários em até 30% junto com a redução da jornada de trabalho. Além disso, apoiou que o governo ampliasse as isenções fiscais aos empresários. Ou seja, a atual direção do sindicato se propôs a ser parte do ajuste que vem sendo aplicado contra os trabalhadores. Neste sentido, a base da categoria que mostrou sua força na assembleia do dia 02/12, onde impôs uma derrota a empresa e também a diretoria do sindicato deve tomar as rédeas desta luta em suas mãos para garantir o triunfo e a reversão das 800 demissões.


Seguir o exemplo dos operários da Volks e organizar a luta contra o ajuste dos patrões e do governo Dilma!

O ano de 2015 já começa com um duro ajuste sendo aplicado contra os trabalhadores. Dilma e os governadores chefiam aos lado dos patrões os ataques contra nossa classe. Na indústria já há dezenas de milhares de demitidos. O governo federal segue aumentando as taxas de juros, que tiram das áreas sociais para encher o bolso dos banqueiros. A diminuição dos benefícios do seguro-desemprego e de direitos previdenciários é parte deste ataque global. O aumento da gasolina, da energia elétrica e das tarifas do transporte público também se somam às medidas contra o povo.

Neste sentido, somente organizando greves, atos e protestos por todo país poderemos impor uma derrota aos planos dos governos e dos patrões. A greve dos operários da Volks do ABC é nosso grande exemplo a ser seguido.

Para fortalecer a organização da nossa classe e resistir nacionalmente ao ajuste, propomos que as organizações sindicais, estudantis e populares combativas e de esquerda construam unitariamente uma agenda de lutas contra os ataques que afetam a vida do povo. Para isso é necessário construir uma plenária nacional unitária "contra o ajuste fiscal" ou "contra a retirada de direitos" com todos e todas os que quiserem participar para articular ações concretas contra as medidas dos patrões e dos governos e seguir o grande exemplo que vem do ABC paulista.


Corrente Socialista dos Trabalhadores – PSOL
Unidos pra Lutar
Vamos à Luta