TODO APOIO À GREVE DA COMPERJ!
Unidade para barrar o ajuste da Dilma
Fonte: Nota da Unidos Pra Lutar e CST - PSOL

Um mês após a posse da presidenta Dilma uma onda de greves e mobilizações se estende pelo país. Já em janeiro os funcionários públicos da saúde em Brasília e os trabalhadores terceirizados das universidades lutavam por salários atrasados e demissões. Os operários da Volkswagen deram um exemplo de luta fazendo uma forte greve que terminou vitoriosa. Agora é a vez dos rodoviários do Espírito Santo, dos professores do estado e das universidades estaduais do Paraná e dos garis de Niterói. Os operários do COMPERJ deram um exemplo de determinação, luta e coragem atravessando a Ponte Rio-Niterói, se dirigindo em passeata até a sede da Petrobras, paralisando a cidade e demostrando que a classe trabalhadora não vai ficar calada frente a tantos abusos. A indignação tomou conta e não é para menos: 469 foram desligados da empresa e cerca de 2,5 mil funcionários não receberam todo o 13º e os salários de dezembro e janeiro. Uma vergonha! No entanto, todos os dias se descobre que bilhões foram roubados da Petrobrás para engordar os bolsos dos “companheiros petistas”, dos tucanos do PSDB, de políticos de diversos partidos e o caixa do PT.

As últimas pesquisas avaliaram o governo em brusca queda de popularidade. É o resultado das mentiras da Dilma e do PT na campanha eleitoral. Longe de ser um governo “mais à esquerda”, Dilma mostrou que definitivamente governa para banqueiros e patrões. O Ministro de Fazenda, Joaquim Levy tem carta branca da presidenta para aplicar as políticas de ajuste fiscal e ataques aos trabalhadores endurecendo as regras para a concessão de benefícios como pensões por morte, seguro-desemprego e auxílio-doença. Dilma vai destinar praticamente metade do orçamento do país para os juros da dívida pública – ou seja para os banqueiros – ficando o resto para todas as áreas sociais, como a educação, que sofreu um corte de 7 bilhões.

A vida dos trabalhadores e do povo está cada vez mais difícil. A inflação sobe e os salários não dão conta dos gastos mínimos das famílias. O ajuste e os cortes começaram a vigorar. Aumentou a tarifa dos transportes, da gasolina e da contas da energia. Há escassez de água nos lares. Os governos querem reduzir o consumo mas 70% da água é consumida pelo agronegócio, 22% pela indústria e apenas 8% pelas residências. Querem que a crise, que os patrões e governos geraram, seja paga pelos trabalhadores. A resposta a tanta mentira está na mobilização.

O exemplo e a luta do COMPERJ que ganhou as ruas e está batendo no coração da crise do governo, a Petrobrás, que está deixando a Dilma sem ar e sem resposta depois de tanta impunidade e abuso. É muito importante dar todo apoio e solidariedade à luta do COMPERJ. É preciso resgatar todos os bilhões que foram roubados e pagar aos trabalhadores. Se os trabalhadores do COMPERJ triunfam todos nos fortalecemos para continuar lutando contra os ajustes da Dilma, os governadores e patrões.

A direção da CUT e das outras centrais têm que romper com o governo e os patrões. É necessário construir a unidade de todos os setores que queiram enfrentar o ajuste da Dilma/Levy para coordenar o apoio as greves, impulsionar as lutas e preparar uma greve geral, seguindo o exemplo dos trabalhadores da Volks, da Comperj e dos professores de Curitiba. Temos que barrar o plano de ajuste. Temos que suspender o pagamento da dívida. Se há dinheiro para banqueiros, empreiteiros corruptos e políticos ladrões, há dinheiro para os operários da COMPERJ, para aumentar salários e investir nas áreas sociais.
Data de Publicação: 12/02/2015 11:05:05

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